Textos velhos e novos. Um emaranhado de sentimentos à flor da pele.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Juro que comecei falando do sorriso. Era uma daquelas coisas longas de dizer. Cheia de detalhes, cheia de figuras. Mas me escapou quando a página fechou sem querer. Te contei aquele dia que me acostumo a escrever em um lugar e não consigo escrever em outro. Você sabe que as ideias correm soltas e as vezes as perdemos de vista. Deve ser pra eu poder falar com mais propriedade de sorrisos. Ai lembrei do presente que eu te dei naquele outro dia. A música francesa com ares italianos. Estava me sentindo assim e quanto a música, confesso que já não me lembrava da melodia. Veio o nome na cabeça e não podia deixar escapar. Ouvi com a mesma surpresa que você. Era sonzinho bom pra se ouvir naquela tarde. Falava qualquer bobeira de amigos, retrucava da vida um pouco mais adiante, riamos e em seguida aqueles silêncios de sempre. Ouvimos algumas vezes a mesma ladainha sonora. Era seu presente. Te dei com amor de filha que quer tirar sorriso bonito da cara da mãe. E de falar em sorrisos. Vou me atrever um pouco mais e tecer outras coisas. Enfeitando tudo com palavras. E ao meu ver vai ficar tudo confuso e sonoro. Você vai entender. Sempre entende cada coisa que eu não digo. Sempre acabamos assim, você na porta a velar minha partida. Um abraço. Digo que te amo e sempre agradeço. E vou indo com o cabelo armado, solta no tempo. E as vezes penso em olhar para trás pra ver se ganho mais um "Chao, Helena." Me falta coragem e guardo pra mim. Mas eu volto no outro dia pra contar das coisas da vida para você, mãe. Obrigada.

(05/08/2013 - 22:48)

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