Ando sem tempo até para compor sentimentos. Daqueles feitos com uma ou duas vírgulas, apenas. Para respirar. E não tenho tido tempo para as vírgulas. Vou sentindo e guardando no bolso. Quem sabe revejo mais tarde. Quando eu me sentar nas nuvens e ouvir o silêncio e poder deixar a casa acesa. E vou viajando dentro das letras e me perco entre aspas e me acho nos pontos finais. E subo as interrogações por medo de exclamar. Exclamações me tiram o poder da certeza e me deixam no meio termo de quem acredita em tudo o que se fala sem recorrer. E navego nas minhas incertezas sentindo os sabores de cenário imaginário. Tudo com cheiro de filme, cor de filme, textura, sabores e me vejo no silêncio da neblina e penso estar dentro de uma poesia. Taciturna, dramática e fictícia, porque era bonita demais para ser de verdade.
(25/05/2013 - 11:51)
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Parou. Reparou. Escreveu e se foi.