Textos velhos e novos. Um emaranhado de sentimentos à flor da pele.

terça-feira, 7 de maio de 2013

(Terça-Feira - 07/05/2013 - 21:45)

Me falta o ar quando não consigo escrever. Sufoco-me de literatura torta que guardo tão bem que acabo por não encontrar. Engasgo de sentidos. A alma em perdigotos. O corpo balança de um lado para o outro por falta de lugar para se chegar. Cachos alisados. Um frio mal educado que entra por qualquer fenda. Um quase-sono. Caminhos pausados, olho para o nada que se esconde atrás do azul rosado do céu de quase sete da manhã. Diálogos sucintos. Fica só nas meias palavras que é para não perder o encanto. "Você tem uns três temperamentos.", "Mãe, eu tenho mais de mil". E na verdade vou vivendo, cada dia uma nova vida. E cada tempo e cada cheiro e cada par de olhos e cada cabelo e cada vento e cada sabor e cada instante e cada cor. E vou enchendo o copo até que se transborde e vire poesia. Que vire poesia.

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Parou. Reparou. Escreveu e se foi.