Jacareí, 10 de Abril de 2013, Quarta-Feira - 00:17 (aprox.)
Estrada
Eu acredito nas cores, levo fé na poesia.
Vivo direto com essa mulher que não se afoita.
Teima em não viver pelo medo que passou.
E eu com isso? Vivo por mim mesma
Desbravando os meus infernos
Eu, eu sou muito velha para esse corpo que me cobre
Se for viver em dar valor para isso. Vivo coisa nenhuma.
Carrego comigo essa certeza, essa mulher é um mistério.
Tão pouco conheço nesses meus dezenove e tantos anos
E essa mulher, te juro, desconheço.
Se ela não me conhece, é porque não se arrisca.
Sufoco-a com minha mania de vida plena.
Me enjoa seu melindre para eu não sair de casa
Se quer que eu cresça, é como carne para o abate
Deformada e sem manha.
Mas meu olhar absorto de esperança
Arranca sua fala com um facho de audácia
Essa mulher é mesmo uma coisa.
Da valor aos piores filmes e prefere a companhia dos programas de TV.
Os piores.
Tenho muito para doar,
Se deixo transbordar até o comercial, me falta ar.
Sempre sublinha meus modos feios de viver em uma tranquilidade
Sem hora para chegar, sem hora para sair.
E o que ela quer da vida?
Um "coisa nenhuma" que vai chegar depois do carnal de 64?
A hora já passou mulher. E você ai deitada preocupada com o fim do mês.
Não tem jeito, essa mulher vai morrer assim.
Filha de um cabra que se cobria de farda e de uma turrona
Interiorana, que não dava o braço a torcer
E sentia um "Ódio Mortal" de muitas coisas, como ela sempre dizia
O que eu posso fazer?
Vou vivendo esse mistério, sem nem querer desvendar
Não sou de ir tão longe por um abraço mal dado
Essa mulher é um barato.
Ela sempre brinca lá dentro para não se resfriar e eu sempre no barro
Dançando no meio da chuva. Não tenho medo de me gripar.
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Parou. Reparou. Escreveu e se foi.