Textos velhos e novos. Um emaranhado de sentimentos à flor da pele.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Sabe. Hoje acordei. Cedo. Não dormi de verdade. Apenas uns cochilos meios e eu despertava. Esperava atenta o grito do gari. "Olha coleta!" Pra eu sair correndo e fazer papel de gente grande. Pedir a sacola de volta, pra poder continuar na outra semana. E no primeiro susto. Que era só um caminhão de mudança perdido na rua. Levantei as pressas. Com shorts de dormir cor-de-abobora e uma camiseta gigante com a propaganda de uma ótica, verde-limão. O cabelo todo doido além do normal. Eu estava tonta de sono e fiquei perdida olhando a rua e o meio-céu que dava para ver pelo telhado. Estava um manhã linda. E não sei se perdi o jeito das manhã comuns e acreditava na lindeza ou se era linda a de hoje em especial. Um calmante para a madrugada longa de ideias baratas e pensamentos fugidios. Aí sabe Lu, eu tomei um pouco daquele sol que havia acabado de trocar de oriente. E eu fiquei um pouco mais atenta a beleza. Voltei pra dentro disposta a sentir um qualquer-coisa. Eu coloquei o disco Nº 3 da minha coletânea do Gonzaguinha. Porque eu gosto de ouvir essas coisas que nos traduz. É, talvez eu seja mesmo nova e nunca tenha vivido os anos atrás. Mas eu aprendi fácil a descobrir o que me desvenda. É mutuo, sabe? E quando eu ouço essas coisas eu choro. E isso pode até ser porque ando á flor da pele. E tenho chorado por toda bobagem do mundo. Por gostar de falar com as crianças e desejar bom dia aos velhos ou parar para conversar com os semi-palhaços de beira de comércio. Mas eu ainda assim gosto dessas coisas que dizem do que sinto ou vejo ou falo. E eu vou longe também. Não sei pra que época e nem sei se vivi nessa vida de cá. Mas vou indo. Inda que tenha desaprendido, me deixo solta.

(22/07/2013)

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