Textos velhos e novos. Um emaranhado de sentimentos à flor da pele.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sou do tempo em que se empinava capucheta por falta de papagaio. Ou de espaço. Ou por medo da vó. Rabiola de capucheta é menos arriscada que de papagaio dos grandes. Porque voa mais baixo. E quase não se pode brincar. E era feito pedaço de folha de jornal, com notícia antiga, que era pra não gastar. Ou com folha de caderno velho. Com uns rabiscos de canetinha e lápis-de-cor e uns furos de tesoura ou ponta de caneta e já ia pregando umas linhas por todos os furos que era pra ver se dava a sorte de se levantar voo. Quase nunca dava. E que o que importava mesmo era toda a engenharia - sempre falha - por trás de cada capucheta esquematizada.

(23/08/2013 - 20:13)

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Parou. Reparou. Escreveu e se foi.