Textos velhos e novos. Um emaranhado de sentimentos à flor da pele.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

E sorria com a boca cheia dentes. E curvava as bochechas na altura dos olhos. E vestia nada. Só casaco comprido pra proteger do frio das aves. Só que nem via mais ave pela manhã. Acordava cedo por despretensão. Sorria a beira da imagem de São benedito depois do sinal da cruz. Mas não vestia nada. Só 70% algodão e mais 30 de poliéster. Sentia frio. E a tontura ditada pelos 9/5 da pressão. Mas sentia o sol. E sempre nua. A parte de que. Era sorriso desnudo. E os olho sempre perdidos e meio fechados. Olhos. Nus. Espremia o lóbulo dos olhos na tentativa de enxergar. E via tudo. Reparava. Em cada feira. Em cada roupa. Em cada cada. Não sabiam dela. Nada. Apenas suposições contidas de quase poetas. Tentava. Levava mistério no olho. Que logo sumia com brilho infantil. Fazia graça mas levava a sério. A vida. Só não se preocupava tanto em planejar caretas de quem não se importa na vida. Com nada. Ou se esquecia e acabava vivendo. 

(29/08/2013 - 18:17)

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Parou. Reparou. Escreveu e se foi.